quinta-feira, abril 29, 2004
São estas as portas que Abril abriu!!??
Comé!!?? O Ezequiel vai embora e ninguem quer participar no seu blog??!!
Gostariamos de ter a vossa opinião sobre o Festival (o que gostaram, o que não gostaram e como melhorar...) Esta avaliação também vai servir de base para outras actividades ao longo do ano...)
Vamos lá, toca a ajudar-nos...
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Comé!!?? O Ezequiel vai embora e ninguem quer participar no seu blog??!!
Gostariamos de ter a vossa opinião sobre o Festival (o que gostaram, o que não gostaram e como melhorar...) Esta avaliação também vai servir de base para outras actividades ao longo do ano...)
Vamos lá, toca a ajudar-nos...
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terça-feira, abril 27, 2004
Ítaca
Quando começares a tua viagem para Ítaca,
reza para que o caminho seja longo,
cheio de aventura e de conhecimento.
Não temas monstros como os Ciclopes ou o zangado Poseidon:
Nunca os encontrarás no teu caminho
enquanto mantiveres o teu espírito elevado,
enquanto uma rara excitação agitar o teu espírito e o teu corpo.
Nunca encontrarás os Ciclopes ou outros monstros
a não ser que os tragas contigo dentro da tua alma,
a não ser que a tua alma os crie em frente a ti.
Deseja que o caminho seja bem longo
para que hajam muitas manhãs de verão em que,
com quanto prazer, com tanta alegria,
entres em portos que vês pela primeira vez;
Para que possas parar em postos de comércio fenícios
para comprar coisas finas, madrepérola, coral e âmbar,
e perfumes sensuais de todos os tipos -
tantos quantos puderes encontrar;
e para que possas visitar muitas cidades egípcias
e aprender e continuar sempre a aprender com os seus escolares.
Tem sempre Ítaca na tua mente.
Chegar lá é o teu destino.
Mas não te apresses absolutamente nada na tua viagem.
Será melhor que ela dure muitos anos
para que sejas velho quando chegares à ilha,
rico com tudo o que encontraste no caminho,
sem esperares que Ítaca te traga riquezas.
Ítaca deu-te a tua bela viagem.
Sem ela não terias sequer partido.
Não tem mais nada a dar-te.
E, sábio como te terás tornado,
tão cheio de sabedoria e experiência,
já terás percebido, à chegada, o que significa uma Ítaca.
Constantine P. Cavafy (1911)
Boa viagem Ezequiel!!!
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Quando começares a tua viagem para Ítaca,
reza para que o caminho seja longo,
cheio de aventura e de conhecimento.
Não temas monstros como os Ciclopes ou o zangado Poseidon:
Nunca os encontrarás no teu caminho
enquanto mantiveres o teu espírito elevado,
enquanto uma rara excitação agitar o teu espírito e o teu corpo.
Nunca encontrarás os Ciclopes ou outros monstros
a não ser que os tragas contigo dentro da tua alma,
a não ser que a tua alma os crie em frente a ti.
Deseja que o caminho seja bem longo
para que hajam muitas manhãs de verão em que,
com quanto prazer, com tanta alegria,
entres em portos que vês pela primeira vez;
Para que possas parar em postos de comércio fenícios
para comprar coisas finas, madrepérola, coral e âmbar,
e perfumes sensuais de todos os tipos -
tantos quantos puderes encontrar;
e para que possas visitar muitas cidades egípcias
e aprender e continuar sempre a aprender com os seus escolares.
Tem sempre Ítaca na tua mente.
Chegar lá é o teu destino.
Mas não te apresses absolutamente nada na tua viagem.
Será melhor que ela dure muitos anos
para que sejas velho quando chegares à ilha,
rico com tudo o que encontraste no caminho,
sem esperares que Ítaca te traga riquezas.
Ítaca deu-te a tua bela viagem.
Sem ela não terias sequer partido.
Não tem mais nada a dar-te.
E, sábio como te terás tornado,
tão cheio de sabedoria e experiência,
já terás percebido, à chegada, o que significa uma Ítaca.
Constantine P. Cavafy (1911)
Boa viagem Ezequiel!!!
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A Liberdade está a passar por aqui...
Acabou-se o Festival...
Não sei se o Ezequiel ainda vai voltar a escrever este ano, mas para o ano, seguramente cá estará a relembrar-nos que a Liberdade deve-se comemorar todos os dias...
Nós (organização) vamos ficar por aqui, e após o próximo post, possivelmente não voltaremos a escrever neste blog. Podem-nos encontrar aqui ou aqui.
No entanto, antes de nos irmos embora gostariamos de saber as vossas opiniões sobre este 2º Festival "Contos de Liberdade". Coisas que gostaram, o que não gostaram, sugestões para o próximo ano, etc...
Para isso basta clicar na caixa que diz comentários...
Agradeciamos a vossa participação (para isso também foi feito o 25 de Abril...)
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Acabou-se o Festival...
Não sei se o Ezequiel ainda vai voltar a escrever este ano, mas para o ano, seguramente cá estará a relembrar-nos que a Liberdade deve-se comemorar todos os dias...
Nós (organização) vamos ficar por aqui, e após o próximo post, possivelmente não voltaremos a escrever neste blog. Podem-nos encontrar aqui ou aqui.
No entanto, antes de nos irmos embora gostariamos de saber as vossas opiniões sobre este 2º Festival "Contos de Liberdade". Coisas que gostaram, o que não gostaram, sugestões para o próximo ano, etc...
Para isso basta clicar na caixa que diz comentários...
Agradeciamos a vossa participação (para isso também foi feito o 25 de Abril...)
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terça-feira, abril 20, 2004
Epá ! Por esta é que não estava a espera...
Enquanto não sabemos mais noticias do Ezequiel (re) lembro que o programa do Festival de Contos encontra-se aqui .
É preciso fazer um "scroll" na barra lateral que o programa está meio escondido....
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Enquanto não sabemos mais noticias do Ezequiel (re) lembro que o programa do Festival de Contos encontra-se aqui .
É preciso fazer um "scroll" na barra lateral que o programa está meio escondido....
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sexta-feira, abril 16, 2004
Abril com "R"
«Trinta anos depois querem tirar o r
se puderem vai a cedilha e o til
trinta anos depois alguém que berre
r de revolução r de Abril
r até de porra r vezes dois
r de renascer trinta anos depois
Trinta anos depois ainda nos resta
da liberdade o l mas qualquer dia
democracia fica sem o d.
Alguém que faça um f para a festa
alguém que venha perguntar porquê
e traga um grande p de poesia.
Trinta anos depois a vida é tua
agarra as letras todas e com elas
escreve a palavra amor (onde somos sempre dois)
escreve a palavra amor em cada rua
e então verás de novo as caravelas
a passar por aqui: trinta anos depois.»
Manuel Alegre
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«Trinta anos depois querem tirar o r
se puderem vai a cedilha e o til
trinta anos depois alguém que berre
r de revolução r de Abril
r até de porra r vezes dois
r de renascer trinta anos depois
Trinta anos depois ainda nos resta
da liberdade o l mas qualquer dia
democracia fica sem o d.
Alguém que faça um f para a festa
alguém que venha perguntar porquê
e traga um grande p de poesia.
Trinta anos depois a vida é tua
agarra as letras todas e com elas
escreve a palavra amor (onde somos sempre dois)
escreve a palavra amor em cada rua
e então verás de novo as caravelas
a passar por aqui: trinta anos depois.»
Manuel Alegre
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terça-feira, abril 13, 2004
E já que que falamos de 25 de Abril, revoluções e evoluções aqui vai outra história do meu amigo Mário
que eu dedico ao 25 de Abril de 2004
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
A Liberdade começa em nós....
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que eu dedico ao 25 de Abril de 2004
Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
A Liberdade começa em nós....
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segunda-feira, abril 12, 2004
A propósito da Evolução
Discurso de um alto representante da Nação
"A revolução não é um estado de coisas permanentes e não podemos permitir-lhe que assim queira caminhar. A corrente da revolução desencadeada deve ser conduzida pelo canal da evolução."
Poderia ter sido este alto representante da Nação.
Poderia ser para apresentar isto .
Não foi! Foi feito 1933 por um senhor chamado Adolf Hitler.
Pelo menos foi o que me disse o Mário depois de beber um Gin...
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Discurso de um alto representante da Nação
"A revolução não é um estado de coisas permanentes e não podemos permitir-lhe que assim queira caminhar. A corrente da revolução desencadeada deve ser conduzida pelo canal da evolução."
Poderia ter sido este alto representante da Nação.
Poderia ser para apresentar isto .
Não foi! Foi feito 1933 por um senhor chamado Adolf Hitler.
Pelo menos foi o que me disse o Mário depois de beber um Gin...
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Fábula de um país adiado
Era uma vez um pais cinzento, governado por um homem cinzento, com cidadãos (cidadãos não!Pessoas! Não havia cidadãos) cinzentos, e policiado por policias cinzentos....Havia bufos cinzentos que delatavam aos policias cinzentos sempre que alguém queria ser um pouco colorido...Neste país cinzento, toda a gente podia fazer o que quisesse desde que se mantivesse cinzento.. E assim se mantiveram durante muitos anos...Até que um senhor caiu de uma cadeira e houve a esperança de se poder ser um pouco colorido... O senhor caiu, mas veio outro ocupar a mesma cadeira (a mesma não, que se tinha partido...deram-lhe outra) e o país continuou cinzento.
Até que um dia, vieram uns senhores armados com cores e tingiram de Abril o país cinzento. Chamaram-lhe Revolução. 30 anos depois vieram outros senhores e disseram que a Revolução tinha acabado...agora seria a vez da Evolução.
Já não era preciso tingir o país de Abril pois estavam na Europa civilizada, eram um país respeitado por todos e com altos índices de satisfação.
Estavam enganados...ainda era necessário tingir o país de Abril
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Era uma vez um pais cinzento, governado por um homem cinzento, com cidadãos (cidadãos não!Pessoas! Não havia cidadãos) cinzentos, e policiado por policias cinzentos....Havia bufos cinzentos que delatavam aos policias cinzentos sempre que alguém queria ser um pouco colorido...Neste país cinzento, toda a gente podia fazer o que quisesse desde que se mantivesse cinzento.. E assim se mantiveram durante muitos anos...Até que um senhor caiu de uma cadeira e houve a esperança de se poder ser um pouco colorido... O senhor caiu, mas veio outro ocupar a mesma cadeira (a mesma não, que se tinha partido...deram-lhe outra) e o país continuou cinzento.
Até que um dia, vieram uns senhores armados com cores e tingiram de Abril o país cinzento. Chamaram-lhe Revolução. 30 anos depois vieram outros senhores e disseram que a Revolução tinha acabado...agora seria a vez da Evolução.
Já não era preciso tingir o país de Abril pois estavam na Europa civilizada, eram um país respeitado por todos e com altos índices de satisfação.
Estavam enganados...ainda era necessário tingir o país de Abril
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terça-feira, abril 06, 2004
Era uma vez um lugar ao sul que, pelo menos uma vez por ano festejava a Liberdade...
Era uma vez um lugar ao Sul que, pelo menos uma vez por ano, festejava a Liberdade. Há muito e muito tempo (no ano passado, para ser mais exacto) decidiu organizar um grandioso Festival de Contos. Tudo seria preparado ao mínimo pormenor: viriam os melhores contadores e contadoras; seria anunciado nas televisões, nas rádios e nos jornais; não faltariam Ministros da Nação e Chefes de Estado estrangeiros; prémios Nobel e cantores pop; futebolistas e estrelas de cinema (parece que até a própria Lili Caneças telefonou a confirmar a sua vinda)...
Seria um evento para ficar na memória da cidade por décadas e décadas…
Era uma vez Ezequiel que, ouvindo falar que determinado lugar ao Sul iria, com toda a pompa e circunstância, organizar um Festival de Contos para comemorar a Liberdade, decidiu fazer-se a caminho e saber que Liberdade era essa que se comemorava uma vez por ano. Mas não é a Liberdade um valor para ser comemorado e vivido todos os dias? Ser como o ar que se respira, que entra e sai do nosso corpo, naturalmente?...
Ezequiel era trolha... Era um trolha com um trabalho importante... Construir uma Torre que chegasse ao céu! Construir a mítica Torre de Babel!!! Digo era, pois foi despedido por uma empresa avarenta que, a troco de uns subsídios, tinha aceite deslocalizar-se para a Malásia, onde podia pagar salários mais baixos (quem prefere acreditar na outra versão da Torre de Babel, veja os jornais e procure as notícias sobre esta empresa: verá que não é difícil de encontrar; e, se mesmo assim não acreditar, vá às enciclopédias ver onde se encontram as torres mais altas do mundo...).
Desde essa altura, sem subsídio de desemprego, Ezequiel tinha-se tornado um viajante, um andarilho do mundo, com o objectivo de questionar as verdades emperradas pela inércia do Homem e incitar o livre pensamento e o espírito crítico, pois essa era para ele a verdadeira Liberdade: a Liberdade para criar um mundo novo onde progresso, cooperação, solidariedade, cultura universal e democracia fossem palavras e ideias conjugadas todos os dias.
Este ano Ezequiel já confirmou a sua presença no segundo festival, que irá decorrer em Faro e em S. Brás do Alportel. Vem, mais uma vez ,com o intuito de questionar a noção de liberdade nos nossos dias... Nós por cá esperamo-lo...
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Era uma vez um lugar ao Sul que, pelo menos uma vez por ano, festejava a Liberdade. Há muito e muito tempo (no ano passado, para ser mais exacto) decidiu organizar um grandioso Festival de Contos. Tudo seria preparado ao mínimo pormenor: viriam os melhores contadores e contadoras; seria anunciado nas televisões, nas rádios e nos jornais; não faltariam Ministros da Nação e Chefes de Estado estrangeiros; prémios Nobel e cantores pop; futebolistas e estrelas de cinema (parece que até a própria Lili Caneças telefonou a confirmar a sua vinda)...
Seria um evento para ficar na memória da cidade por décadas e décadas…
Era uma vez Ezequiel que, ouvindo falar que determinado lugar ao Sul iria, com toda a pompa e circunstância, organizar um Festival de Contos para comemorar a Liberdade, decidiu fazer-se a caminho e saber que Liberdade era essa que se comemorava uma vez por ano. Mas não é a Liberdade um valor para ser comemorado e vivido todos os dias? Ser como o ar que se respira, que entra e sai do nosso corpo, naturalmente?...
Ezequiel era trolha... Era um trolha com um trabalho importante... Construir uma Torre que chegasse ao céu! Construir a mítica Torre de Babel!!! Digo era, pois foi despedido por uma empresa avarenta que, a troco de uns subsídios, tinha aceite deslocalizar-se para a Malásia, onde podia pagar salários mais baixos (quem prefere acreditar na outra versão da Torre de Babel, veja os jornais e procure as notícias sobre esta empresa: verá que não é difícil de encontrar; e, se mesmo assim não acreditar, vá às enciclopédias ver onde se encontram as torres mais altas do mundo...).
Desde essa altura, sem subsídio de desemprego, Ezequiel tinha-se tornado um viajante, um andarilho do mundo, com o objectivo de questionar as verdades emperradas pela inércia do Homem e incitar o livre pensamento e o espírito crítico, pois essa era para ele a verdadeira Liberdade: a Liberdade para criar um mundo novo onde progresso, cooperação, solidariedade, cultura universal e democracia fossem palavras e ideias conjugadas todos os dias.
Este ano Ezequiel já confirmou a sua presença no segundo festival, que irá decorrer em Faro e em S. Brás do Alportel. Vem, mais uma vez ,com o intuito de questionar a noção de liberdade nos nossos dias... Nós por cá esperamo-lo...
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